O primeiro globo terrestre, oficialmente, foi construído pelo cartógrafo e navegador Martin Behaim, em Nuremberg, tendo sido concluído no dia 20 de junho de 1492, algumas semanas antes que Cristóvão Colombo chegasse à América.
A construção desse primeiro globo terrestre foi feita em colaboração com o pintor Georg Glockenthon. Ambos trabalharam durante dois anos, entre 1491 e 1493, colocando no globo que hoje é uma obra de arte todos os detalhes conhecidos sobre o mundo, naquela época.
O globo terrestre de Behaim foi batizado como Erdapfel, ou “maçã do mundo”, e se encontra atualmente em exibição no Germanisches Nationalmuseum de Nuremberg, tendo se tornado uma atração desde aquela época. O globo possui 50 cm de diâmetro e traz a representação dos mapas conhecidos até então. Behaim, para construir o seu globo terrestre, seguiu a ideia original de um outro globo construído provavelmente em 1475 para o papa Sisto V. Em sua obra, contudo, Behaim melhorou a representação, incluiu os meridianos e a linha do Equador, que não estavam presentes do globo do papa. Saiba como surgiu esse instrumento de educação e orientação no nosso post especial de Casa & Decoração!
A Terra reconhecida como esférica
Costumamos dizer que a Terra é redonda, embora, na realidade, tenha o formato esférico e não seja uma bola perfeita. A constatação de que o planeta é rotundo, ou seja, redondo, foi feita dois mil anos antes, não sendo mais uma dúvida para ninguém no Renascimento.
Contudo, houve a necessidade de mais meio século para que a humanidade tivesse conhecimento de que a Terra é quem gira em torno do Sol, sendo apenas um planeta no meio de muitos outros, e não o contrário, como demonstrou Copérnico.
Na Antiguidade, desde a época dos sumérios, um povo dedicado à astronomia e à astrologia, que viveu na Mesopotâmia por volta de 3 mil anos antes de Cristo, a Terra era considerada um disco achatado, repousado sobre um oceano ilimitado.
Os orientais imaginavam que a Terra era um plano carregado por uma tartaruga imensa, enquanto que, até mesmo na Europa, havia lendas sobre o fim do mundo, onde o oceano acaba e os navios podiam cair num precipício sem fim.
Mas o conhecimento de que a Terra é uma esfera vem do século 5 antes de Cristo, quando Péricles e outros filósofos, como Pitágoras e Parmênides, começaram a representar a Terra nesse formato, o que lhes parecia coerente em razão da curvatura do horizonte.
O astrônomo e matemático grego Erastótenes, em 230 a.C., confirmou que o planeta Terra é esférico e até chegou a medir sua circunferência com bastante precisão. Para tanto, observou e mediu o momento em que o Sol, em seu zênite, atingia o fundo de um poço na cidade de Syene, hoje Assuã, localizada no Egito, que estava exatamente no limite da zona tropical e no mesmo meridiano de Alexandria.
No mesmo dia, no solstício de verão, um ano depois, no mesmo horário, mediu a sombra do Sol projetada por uma vara na cidade de Alexandria.
Tendo em mãos esses dados e conhecendo a distância entre as duas cidades, calculando pela diferença da inclinação dos raios solares, chegou à conclusão que a Terra tinha uma circunferência de 250 mil estádios, ou seja, em medidas atuais, 40 mil quilômetros, o que foi demonstrado ser muito próximo à medida conhecida atualmente.
Claudio Ptolomeu, um grego de Alexandria, continuou os estudos dos sábios que o antecederam e, graças a isso, a esfericidade da Terra acabou sendo conhecida e estudada por todos os eruditos da Idade Média, sendo ensinada nas universidades a partir do século XIII, no começo do Renascimento.
Obras medievais contra a esfericidade da Terra
Um fato interessante é que, em 1410, o teólogo francês Pierre d’Ailly publicou uma obra de cosmografia, o Imago Mundi, que foi reeditada e enriquecida durante todo o século XV, mostrando a visão medieval do planeta Terra.
De acordo com essa obra, todas as terras acima do nível do oceano estavam agrupadas na parte norte do globo terrestre, sendo cercadas pelo Mar Oceano, cheio de ilhas, cada uma delas com um tipo singular de habitantes, como pigmeus, cinocéfalos, ciclopes, índios antropófagos e outros, tendo como limite a linha do Equador, o ponto que era impossível de ser ultrapassado pelo homem.
Na época dos grandes descobrimentos, todos os geógrafos conheciam tanto o Imago Mundi quanto a geografia de Ptolomeu, perguntando-se se havia terras entre a Europa e a Ásia no mar a oeste, o nosso conhecido Oceano Atlântico.
Evidentemente, pouco se conhecia sobre a extensão do oceano, já que Ptolomeu tinha determinado que a circunferência da Terra era inferior àquela estabelecida por Erastótenes.
Para Ptolomeu, a circunferência dera de 180 mil estádios, ou 33 mil quilômetros e, com base nisso, Paolo Toscanelli, um astrônomo florentino, criou um mapa, em 1468, atendendo o rei de Portugal, mostrando a Europa separada do Extremo Oriente por um oceano com apenas 10 mil quilômetros de extensão.
Toscanelli imaginou uma ilha no meio do oceano, dando-lhe o nome de Antilha, e esse mapa levou Colombo a cometer um erro, subestimando a distância, mas fazendo com que tomasse o rumo oeste, descobrindo as terras do Novo Mundo.
São muitas as controvérsias sobre essa descoberta, já que os vikings haviam chegado à América por volta do ano 1000. Como se sabe muito pouco e faltam registros, por enquanto aceita-se que Colombo realmente descobriu a América e não apenas seguiu os rastos de navegantes anteriores.
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Diversos posts dizem que o Erdapfel, ou Globo de Nuremberg, feito por Martin Behaim, foi o primeiro do mundo, o que não é verdade. Ele é o mais antigo Globo Terrestre que ainda existe (materialmente) nos dias de hoje. Os registros históricos confirmam que o primeiro globo terrestre data do século II a.C., cerca do ano 150 a.C., feito por Crato de Malos (Pérgamo, atualmente Bergama na Turquia), segundo escrito por Estrabão (nasceu 63 a.C. e morreu no ano 24 – autor da obra monumental Geografia).