A roupa acompanha o ser humano desde a mais primitiva antiguidade. Primeiro feitas com peles de animais, já que tinham com principal função as pessoas contra o frio. No entanto, desde esse começo da história, os humanos primitivos usavam determinados acessórios que tinham a função de indicar a posição na hierarquia da sociedade em que vivia.
Através dos tempos, o ser humano aprendeu a fazer roupas mais macias com as peles, conseguindo trabalhar o couro de forma mais artesanal, eliminando restos indesejáveis. Para isso, usavam como ingrediente o próprio óleo e gordura dos animais, fazendo com que o couro ficasse mais maleável.
A experiência foi sendo aprimorada, chegando ao curtimento do couro, tornando as peles mais apropriadas para corte e modelagem. As primeira agulhas fabricadas pelo ser humano são de pelo menos 40 mil anos atrás, do período paleolítico, feitas de marfim ou de ossos de animais, servindo para os seres primitivos costurarem suas primeiras vestimentas, ainda bastante rudimentares.
Essa era a moda nos países mais frios, na Europa e Oriente Médio. Em regiões mais quentes, o material usado para as vestimentas era a fibra vegetal ou animal, resultando em trajes mais leves, uma técnica que também atendia as necessidades de moradia, sendo aplicada na montagem da cobertura de seus abrigos.
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Surge a Arte da Tecelagem
A arte da tecelagem surgiu apenas quando o homem primitivo no período neolítico, abandonou o nomadismo, passando a praticar a agricultura e aprendendo a arte da tecelagem. Nessa arte usavam o pelo de animais domesticados, como as ovelhas e os camelos.
A arte da tecelagem também foi aprimorada, ficando mais sofisticada e desenvolvendo novas técnicas de corte e costura, gerando diferentes modelos de vestimentas, de acordo com as referências socioculturais de cada sociedade.
Quando estudamos história, vemos que cada povo tinha modelos diferentes, um estilo próprio, com vestimentas complementadas com pedras preciosas e com bordados, criando para a sociedade um novo ofício: o artesão da costura.
O Nascimento da Moda
Durante a maior parte da história, a moda sempre esteve ligada à cultura de cada povo, atendendo requisitos como hierarquia e posição social de seus integrantes. Bastava olhar para uma pessoa e suas vestes para saber se se tratava de um nobre ou de um plebeu. Quem determinava o que cada um podia vestir eram as leis, criando a distinção de cada classe social ou de uma casta.
A moda, como a conhecemos hoje – embora bastante diferente – somente apareceu na Idade Média, com o surgimento de uma nova classe social, a burguesia.
Essa nova classe, que teve seu crescimento nos séculos XIII e XIV, possuía um alto poder aquisitivo e, embora não se tratasse de nobres, exigia peças ricas em ornamentos, da mesma forma como a nobreza o fazia.
Os primeiros donos da moda foram os reis e os nobres, que ditavam o que devia ser seguido. Durante a Renascença, as perucas e acessórios ganharam fama no mundo europeu, fazendo com que a forma de se vestir entre os nobres fosse cada vez mais excêntrica, usando a roupa não só para mostrar a preocupação com a aparência, mas também como forma de se expressar e mostrar seu lugar na sociedade.
O século XVIII trouxe as primeiras grandes mudanças, depois da queda dos valores da realeza e da nobreza, principalmente após a Revolução Francesa.
Dessa época surgiram as primeiras preocupações com a praticidade e a simplicidade, em vez do luxo, trazendo peças mais funcionais, mesmo que fossem menos atraentes. A Revolução Francesa tinha a grande preocupação de eliminar tudo o que tivesse relação com a nobreza, substituindo as perucas, os bordados e brocados num estilo mais popular e campestre, dando mais importância ao proletariado.
O Começo da Alta-Costura
O século XIX foi quem trouxe mudanças efetivas para a moda, tal qual temos hoje. O ano de 1870 foi particularmente importante, gerando uma revolução na forma como eram produzidas as roupas, oferecendo peças em escala industrial, substituindo as peças artesanais.
As inovações técnicas produzidas pela Revolução Industrial trouxeram a possibilidade da criação de modelos antes impossíveis de serem produzidos. É dessa fase a primeira padronização do corpo feminino, bastante cinturado, fazendo uso do espartilho que davam às mais gordinhas uma silhueta dentro dos padrões então admitidos para a mulher.
Para evitar essa grande industrialização do vestuário, a costura passou a se tornar um trabalho mais nobre e exclusivo, tornando a profissão mais rentável, dirigindo-a para os mais ricos, que tinham condições de usar roupas sob medida, com caimento perfeito e com qualidade muito superior àquela produzida pelas indústrias.
Foi desse movimento que surgiu a alta-costura, transformando a alfaiataria numa arte disponível apenas para a elite, que podia pagar por modelos mais caros e melhor trabalhados.
O criador da alta-costura foi Charles-Fréderic Worth, que fundou, em 1857, a primeira Maison de Haute-Couture do mundo, criando o conceito das coleções de moda, adequadas às diferentes estações do ano.
A máquina de costura foi inventada em meados do século XIX e trouxe maiores facilidades para os adeptos da costura, abrindo também as portas para a criatividade. Hoje, mais do que antes, podemos encontrar máquinas eficientes, que executam trabalhos detalhados, com qualidade profissional.
A moda passou a ganhar espaço na vida das pessoas, incorporando e fazendo parte de movimentos culturais, acompanhando inclusive o desenvolvimento de estilos artísticos. Com tanta variedade cultural que a humanidade vivenciou no século XIX, a moda manteve o seu crescimento, ganhando nuances as mais diferenciadas e se tornando praticamente um fetiche na sociedade em que vivemos.
O tempo trouxe novas transformações, com novas técnicas, novos materiais e novos cortes, criando, muitas vezes, experiências que podem ser consideradas completamente radicais. Hoje podemos ver roupas nas passarelas que podem ser consideradas obras de arte, que não foram criadas e produzidas necessariamente para serem usadas nas ruas, mas para indicar tendências de cada estação.
Charles Worth, com sua proposta de promover lançamentos, dividiu suas criações em duas temporadas, propondo um sistema para os lançamentos da moda acompanhando as duas temporadas mais importantes do ano, a moda primavera-verão e a moda outono-inverno.
Baseando-se no desenvolvimento das estações para a moda, Doris Treptow, designer de moda e escritora criou um calendário para planejar a roupa que está sendo vendida no presente e analisar o que será lançado no futuro.
O exemplo abaixo foi tirado do Livro “Inventando a Moda” de Doris Treptow:
- Janeiro e fevereiro, meses de promoção das peças que sobraram da coleção de alto verão;
- Março, mês de lançamento da coleção de outono;
- Abril, venda da coleção de outono;
- Maio, lançamento da coleção de inverno;
- Junho, venda da coleção de inverno;
- Julho e agosto, promoção das vendas que sobraram da coleção outono-inverno;
- Setembro, lançamento da coleção de primavera;
- Outubro, lançamento da coleção de verão;
- Novembro, lançamento da coleção de alto verão e das festas de final de ano;
- Dezembro, venda da coleção de alto verão e festas de fim de ano.
Como você sabe, a moda não está ligada apenas ao vestuário. Usamos os mais diversos acessórios para estarmos de acordo com a moda, que incluem, malas, bolsas e até mochilas que usamos cotidianamente e a Valejet tem a preocupação em atender seus clientes com o que há de mais novo da moda. Acompanhe nossos lançamentos no site de nossa loja virtual e venha conhecer pessoalmente os modelos mais apropriados de mochilas para fazer parte de seu vestuário em qualquer época do ano.
