As impressoras 3D vieram para ficar. Já imprimem instrumentos musicais, livros para crianças invisuais, miniaturas humanas e vértebras de titânio. Estas peças variam muito na sua complexidade mas baseiam-se na existência de ingredientes (relativamente) simples: uma impressora 3D ligada a um computador que corre um programa onde consta o esquema do que se quer imprimir e, claro, imaginação (e por enquanto, conhecimentos informáticos dedicados).
À medida que vão sendo acrescentados novos materiais ao processo de impressão (o plástico continua a ser o mais usado), se aumenta a amplitude do que pode ser feito.
Um conjunto de engenheiros ingleses aumentou as possibilidades do que é possível de se fazer e imprimiu… um computador. Chama-se Pi-Top, tem 13,3 polegadas (trata-se portanto, de um portátil) e demorou 160 horas para ser impresso. É feito de um plástico “ecológico” e biodegradável chamado PLA e para já é apenas um projeto mas vai ser posta a correr uma campanha na “Kickstarter” (plataforma de angariação de investimento) com o objetivo de comercializar um modelo “faça você mesmo”.
Na semana passada foi apresentado um “brinquedo” maior e mais vistoso. A impressão decorreu ao vivo e a cores no International Manufacturing Technology Show (IMTS) em Chicago, demorou 44 horas e o resultado final foi nada mais nada menos que um carro. Não todo (o motor ainda não foi desta) mas quase tudo o resto.
A empresa responsável por esta proeza tecnológica chama-se Local Motors(Phoenix, EUA), batizou o carro com o nome The Strati e fê-lo de fibra de carbono, um material que já é utilizado em alguns modelos comerciais correntes. A empresa garante que é primeiro automóvel com carroçaria e chassi impressos em conjunto — a Urbee já tinha construído um automóvel com impressão 3D mas por componentes. O primeiro objetivo da Local Motors é a produção comercial de peças “ajustáveis”, como por exemplo o banco com a forma perfeita para o corpo do condutor, mas o engenheiro James Earle disse à Business Insider que, num futuro próximo, imprimir um carro completo pode custar “apenas” 7 mil dólares.
Fonte: Observador